IBGE Amazonas registrou alta de 13,8% da população, entre 2012 e 2021


Manaus – A população do Amazonas subiu para 4,104 milhões, em 2021, alta de 13,8% em relação a 2012 e os homens representaram a maioria, com 51,5%, o maior percentual entre as Unidades da Federação, assim com a fatia de pardos, com 80,1%. Já a população de Manaus foi estimada  2,256 milhões, aumento de 15,2%, nesse intervalo. Os dados são da  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) – Características Gerais dos Moradores, divulgada na sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Amazonas foi o Estado que apresentou o menor percentual de população branca do País (14,3%). O Estado com maior população branca foi Santa Catarina (81,5%). Da mesma forma, apresentou o menor percentual de população preta (3,0%); o maior percentual foi o da Bahia (21,5%).

Já em Manaus, a população branca era de 25,2%, em 2012, tendo diminuído para 18,5%, em 2021. O percentual de pessoas pretas passou de 2,7% para 3,4%, e o de pessoas pardas, de 71,4%, para 77,1%, no período.

Jovens

A pesquisa mostrou  queda de participação das faixas etárias mais baixas entre 2012 e 2021. Segundo o IBGE, o percentual de pessoas abaixo de 15 anos de idade caiu 7,9 pontos percentuais (p.p.) no Estado, e retraiu  4,5 p.p., Manaus, enquanto houve aumento em todos os grupos acima dessa faixa etária no período. Com isso, pessoas de 16 anos ou mais passaram a representar 72,1% da população total do Amazonas em 2021; em Manaus, 76,2%. Esse percentual era de, respectivamente 66,0% e 70,7%, em 2012, início da série histórica da pesquisa.

De acordo com o IBGE, considerando a população jovem de 0 a 17 anos de idade, o Amazonas apresenta o 5º maior percentual entre os Estados e o Distrito Federal. Em 2021, foi estimado que 31,7% da população do Estado fazia parte desta faixa etária. O Estado com maior percentual foi Roraima (32,5%), e o  com menor percentual foi o Rio de Janeiro (21,0%).

Idosos

Em relação aos idosos, o  Amazonas possui um dos menores percentuais de pessoas com 60 anos ou mais, situação que começa a mudar rapidamente, mostra o levantamento.  Em 2021, a população nesta faixa etária era de 9,3%, a quarta menor entre as Unidades da Federação. Mas, apesar, de a população idosa ter um dos menores percentuais, no período analisado, a fatia  de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 7,0% para 9,3% da população amazonense. Em números absolutos, esse grupo etário passou de 249 mil para 381 mil, crescendo 34,7% no período.

“É uma mudança na estrutura etária da população brasileira, que reflete a queda no número de jovens e o aumento de idosos. Esse indicador revela a carga econômica desses grupos sobre a população com maior potencial de exercer atividades laborais. Sabemos que há idosos ativos no mercado de trabalho, além de pessoas em idade de trabalhar que estão fora da força. Mas o indicador é importante para sinalizar a potencial necessidade de redirecionamento de políticas públicas, inclusive relativas a previdência social e saúde”, avalia o  analista da pesquisa, Gustavo Fontes.

Para o técnico do IBGE, as estimativas de sexo e classes de idade para Brasil, por ser alinhada com as Projeções Populacionais, ainda não incorporam os efeitos da pandemia, como a queda no número de nascimentos e o aumento dos óbitos. “Com os resultados do Censo 2022, esses parâmetros serão atualizados”, diz. A coleta do Censo começa no dia 1º de agosto.

Em 2021, a Região Norte tinha a maior concentração dos grupos de idade mais jovens. Cerca de 30,7% da sua população tinham menos de 18 anos. Em seguida, vem o Nordeste (27,3%). Mas tanto o Norte quanto o Nordeste tiveram maior redução da população com essa faixa etária quando comparados às demais regiões.

Já as pessoas com 60 anos ou mais estão mais concentradas no Sudeste (16,6%) e no Sul (16,2%). Por outro lado, apenas 9,9% dos residentes do Norte são idosos. Na comparação com 2012, a participação da população idosa cresceu em todas as grandes regiões.

Moram sozinhos

Segundo o IBGE, Em 2021, havia 1,126 milhão de domicílios particulares permanentes no Amazonas, contra 867 mil, em 2012. Nesses domicílios, o arranjo mais frequente era o nuclear (684 mil), estrutura composta por um único núcleo, seja formado por um casal com ou sem filhos ou enteados ou pelas chamadas famílias monoparentais, quando somente a mãe ou o pai criam os filhos, sem a presença do outro cônjuge.

Ainda em 2021, as unidades domésticas com arranjo nuclear correspondiam a 60,7% do total, no Estado, percentual próximo ao de 2012 (61,7%). Nesse período, a proporção de unidades domésticas unipessoais (com apenas um morador) passou de 7,7% para 11,4% do total. Mesmo com o crescimento em 10 anos, o Amazonas ainda possui um dos menores percentuais de pessoas vivendo sozinhas, na comparação com os demais Estados e DF, o quarto menor percentual, superior apenas ao do Maranhão, Pará e de Roraima.

Fonte: D24am

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