Imagens mostram hematomas que teriam sido provocados durante o curso / Foto: Divulgação | Sindppen
Imagens mostram hematomas que teriam sido provocados durante o curso / Foto: Divulgação | Sindppen
Imagens mostram hematomas que teriam sido provocados durante o curso / Foto: Divulgação | Sindppen

Policiais penais denunciaram abusos e agressões supostamente cometidos contra alunos do treinamento para o Cope (Comando de Operações Policiais Especiais), na Grande BH. De acordo com as denúncias, os inscritos no curso passam por situações vexatórias, xingamentos, agressões com corda e varas de bambu.

De acordo com Patrick Castro, diretor do Sindppen (Sindicato de Policiais Penais de Minas Gerais), 126 policiais penais ingressaram no curso, mas apenas 20 continuam no treinamento.

– A intenção desses cursos é de eliminação, mas da forma que está sendo, muitos colegas estão saindo do curso pela questão vexatória que estão passando. Muitos colegas antigos do sistema prisional não estão aceitando esse tipo de situação – disse, segundo informações do portal Bhaz.

Iniciado no dia 3 de janeiro, o curso é voltado para agentes da Polícia Penal de Minas Gerais que queiram entrar para o Cope. Antes de participar, os candidatos assinam um termo de sigilo sobre o curso.

No entanto, os participantes se sentiram incentivados a denunciar os casos de abuso após a recente repercussão do vídeo de um PM recebendo um tapa no rosto durante o curso da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), que culminou em investigação por parte da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

– Quando eles fizeram o primeiro dia de curso, eles assinaram um termo. Esse termo falava que não podia falar nada que acontecia dentro do curso. E agora com essa repercussão que teve da Polícia Militar, deu força para o pessoal fazer a denúncia – assinalou Castro.

Na denúncia, diversas fotos de hematomas que teriam sido causados no curso foram divulgados. As queixas serão levadas ao MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) nesta quinta-feira (27), e alguns policiais também acionarão o estado judicialmente.

Atualmente, o curso está paralisado em razão de casos de Covid-19.

– Desde o início do curso a gente já está tendo denúncia a respeito da questão de eliminação, a questão que não fizeram teste de Covid, e agora durante essa semana vieram essas imagens, onde deu a repercussão maior, porque está chegando ao ponto de agredir os candidatos que estão no curso – acrescentou Castro.

Em nota, a Sejusp (Secretaria estadual de defesa social em Belo Horizonte) afirmou ter tomado conhecimento “das imagens que circulam nas redes sociais e irá apurar a veracidade das informações”. Também disse que foi “solicitada a abertura de investigação para apurar possíveis excessos cometidos ao longo do curso em questão, bem como a responsabilização daqueles que eventualmente veiculam imagens inverídicas”.

Fonte: Pleno News

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